ALUNOS DA UIM MARINALVA SOARES GUIMARÃES INICIAM PROJETO "TEATRO NA ESCOLA"
por Kaíque Viana
Sob o comando da atriz e diretora geral do Grupo Teatral EAVA Fênix, a também professora de Língua Portuguesa, ERIKA AV DE ALMEIDA iniciou o projeto"Teatro na Escola" com os alunos do 7º e 8º ano da escola da rede municipal de ensino de Caxias-Ma.
Alunos com divergências na Escola aprendem a trabalhar em grupo. |
O projeto começou a ser executado dia 12/06/2013 e consiste em ampliar a leitura dos alunos e consequentemente melhorar a escrita, como também "estabelecer princípios éticos da autonomia, responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, do exercício da criticidade, da criatividade, da sensibilidade e da diversidade de manifestações artísticas e culturais" (Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino fundamental, artigo 3º).
A professora de Língua Portuguesa, atriz e diretora do Grupo Teatral EAVA Fênix, Erika AV de Almeida, explicando as características do texto dramático. |
No dia 12/06 os alunos começaram a 1ª etapa que foi conhecer a estrutura e características do texto dramático, diferenciar o texto dramático do texto narrativo.
Após aula expositiva em slide e amostra de trechos de espetáculos teatrais dos textos apresentados pela professora aos alunos, os educandos deram seus primeiros passos escrevendo seu próprio texto dramático.
Alunas do 7º ano discutindo as ideias de sua produção textual. |
"Quero auxiliá-los na dificuldade que eles têm de escrever, e para isso o teatro torna-se um meio valiososo" - diz a professora Erika AV de Almeida. "O mundo do teatro é novidade para os alunos dessa escola porque eles residem em um bairro de difícil acessibilidade (bairro Luísa Queiroz, nas proximidades da Veneza).
Além disso, produzir aquilo que outras pessoas irão assistir, torna-se um desafio para eles e, por isso, aumenta-lhes a responsabilidade e o compromisso de escrever, dessa forma também, eles ficam mais criativos" - completa Erika AV de Almeida.
Alunos fazendo representação do texto |
O que se pôde observar inicialmente é que os alunos passaram a se interessar mais pela leitura e, como produzem textos para serem apresentados, eles passaram a ter mais esse comprometimento que a professora citou acima.
Alunos que antes reclamavam para produzir 15 linhas, hoje produzem textos de 40 linhas e alguns vão além dessa quantidade.
Alunos da UIM Marinava Soares Guimarães em sua produção textual. |
Antes, muito inibidos, hoje já passam a vencer a timidez, têm melhor entonação de voz e se tornaram mais criativos.
Alunos do 6º ano que quiseram entrar no projeto, fazendo sua leitura dramática. |
Outro ponto observado é que os alunos escreviam de acordo com sua fala, então a escrita não condizia com a gramática normativa. A medida que leem os textos dramáticos e os produzem para apresentarem, eles escrevem com menos "erros" gramaticais.
A produção dos primeiros textos dramáticos foi lenta, porque eles precisavam assimilar as indicações cênicas. Contudo, depois eles pegaram o ritmo e escreveram sobre os mais variados temas. Entre eles encontramos as histórias:
1 - Bullying na Escola:
2 - Capoeira não é para agredir:
3 - Quem pesca nas provas não obtêm sucesso
entre outras histórias...
Na 2ª etapa a professora Erika AV de Almeida levou para os alunos trechos da clássica obra, Romeu e Julieta.
O primeiro trecho foi a cena do baile onde Romeu e Julieta se conhecem e tem-se início o conflito.
Primeiramente a professora explicou o roteiro do espetáculo.
Erika AV de Almeida explicando o trecho de Romeu e Julieta que foi entregue aos alunos. |
Depois ela fez a leitura dramática para que os alunos percebessem as diferentes entonações a serem dadas no texto.
Professora Erika AV de Almeida realizando a leitura dramática do texto Romeu e Julieta. |
Os alunos acompanharam a leitura atentamente.
Depois a professora separou os alunos em grupos de 08 componentes e os auxiliou na composição da cena, procurando minimizar as dificuldades.
"A linguagem do texto, mesmo traduzida para o contexto atual, é difícil para eles que possuem um vocabulário muito restrito. Mas esse é o desafio. E ampliar-lhes o vocabulário é outra tarefa do teatro" - comenta Erika AV de Almeida.
Logo depois os alunos fizeram suas apresentações. Nelas, muita criatividade. Os alunos procuraram reproduzir a valsa do séc. XV.
A cena em que Romeu corteja Julieta foi a que exigiu maior quebra de timidez.
O projeto continua. O eavafenix.blogspot.com acompanhará e deixaremos nossos leitores informados.
O teatro é uma otima ferramenta de promover educação, ou melhor, promover a paixao pelo estudo.
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