A UIM Prof. Marinalva Soares Guimarães, uma escola da rede municipal de Caxias encontrou uma nova maneira de fazer com que os alunos passassem a ler mais.
Fundada em 2013, a escola pertence a uma comunidade carente que foi gerada à partir de uma invasão de terras, hoje conhecido coma como bairro Luísa Queiroz.
A nova escola recebeu alunos das mais diversas escolas das regiões circunvizinhas. Alunos que vieram com enormes dificuldades, principalmente na escrita e leitura. A maioria transcrevia suas falas. Ex: "O garotu i a minina sao legau" - o que se falava com "u" escrevia-se com "u" o que se
falava com "i" escrevia-se com "i". Sem noções de acentuação e pontuação tanto para ler como para escrever, a dificuldade era enorme.
Havia também a enorme resistência em ler. Leitura para os alunos era "um bicho horrendo de 20 cabeças".
A então professora de Língua Portuguesa, Erika A. V. de Almeida, também diretora do Grupo Teatral EAVA Fênix voltou às suas raízes: "Comecei teatro nas aulas de Língua Portuguesa para incentiva
r os alunos a ler. Quando se lê para apresentar algo, lê-se com mais responsabilidade, porque há o medo do julgamento dos outros. E você lê com prazer, pois está aprendendo o seu 'papel'" - comenta Erika.
Mais uma vez deu certo. Os alunos tiveram uma melhora percentual de 60%. "Ainda não está perfeito, mas nossa! Não dá pra mudar em 2 anos um costume de 6 anos."
Nesse ano de 2015 há duas apresentações previstas. Uma para agosto e outra para o final do ano.
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Erika A. V. de Almeida (Professora de Língua Portuguesa) e os alunos do projeto. |
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